Fazer mais refeições no dia - e em pratos menores - evita a obesidade infantil

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Segundo dois novos estudos, esses hábitos estão ligados a uma menor ingestão de calorias, a um peso corporal mais baixo e a menos chances de obesidade e sobrepeso entre crianças
 
O risco de uma criança se tornar obesa pode ser menor caso ela faça mais refeições ao longo do dia e coma em pratos com um tamanho menor. Essas são as conclusões de dois estudos publicados nesta segunda-feira na revista médica Pediatrics. Uma das pesquisas, feita na Universidade de Harokopio, na Grécia, concluiu que crianças que costumam comer mais do que três vezes por dia, em comparação com as que se alimentam com menos frequência, são 22% menos propensas a ter sobrepeso ou obesidade. O outro trabalho, desenvolvido na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, observou que crianças que se servem sozinhas na hora de comer pegam mais comida – e consomem mais calorias – se o prato for grande.
 
A pesquisa da universidade grega se baseou em onze estudos feitos anteriormente sobre alimentação infantil que envolveram aproximadamente 19.000 crianças e jovens de 2 a 19 anos de idade. Os autores, então, compararam os dados das crianças que se alimentavam com mais frequência aos daqueles que comiam com menos vezes em um dia. Segundo o estudo, de maneira geral, crianças que comiam três vezes ou mais por dia pesavam menos do que aquelas que faziam três refeições ou menos diariamente. Essa relação foi forte especialmente entre os meninos, mas os pesquisadores não conseguiram explicar o motivo dessa diferença entre gêneros.
 
A conclusão, afirmaram os autores, reforça a teoria de que comer pouco por refeição, mas várias vezes por dia, pode ser melhor para o controle do peso. Porém, é preciso tomar cuidado com esses resultados, já que eles não autorizam que uma criança que consome muitas calorias por refeição, mas que come com pouca frequência, passe a fazer lanches no meio do dia sem reduzir a quantidade do que ingere.
 
Tamanho importa — A pesquisa feita na Universidade da Pensilvânia analisou 41 crianças com idades de seis a sete anos. Elas puderam, por duas vezes, se servir da maneira que quisessem na hora do almoço. Em uma das vezes, as crianças receberam um prato pequeno e, na outra, um prato grande. As opções de alimentos incluíam massa, carne, vegetais e pães.
 
De acordo com o estudo, as crianças se serviam com 90 calorias a mais quando tinham um prato grande – mas apenas consumiam metade dessas calorias extras. Para os pesquisadores, tanto o tamanho maior do prato quanto o fato de as crianças terem se servido sozinhas aumentaram a propensão de elas se servirem com – e comerem – mais calorias. O índice de massa corporal (IMC) de cada criança não determinou se ela pegaria mais ou menos comida.
 
Fonte: Veja

''Metade das Mulheres com Depressão Pós-parto já Apresentava Sintomas durante a Gravidez''' , Segundo Pesquisa

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Cerca de metade das mulheres que têm depressão pós-parto já apresentava sintomas durante a gravidez. A conclusão é de uma pesquisa feita com pacientes atendidas no setor público em São Paulo e publicada na Revista Brasileira de Psiquiatria.
O levantamento contou com 831 gestantes, com idade média de 25 anos. Desse total, 219 apresentaram sintomas depressivos depois do parto, ou seja, uma em três pacientes. O trabalho é de autoria dos médicos Alexandre Faisal-Cury, blogueiro do UOL, e Paulo Rossi Menezes, ambos da Universidade de São Paulo (USP).
 
A depressão durante a gravidez e no pós-parto tem implicações não só para a mãe, que apresenta risco de suicídio, como também para o bebê. O problema eleva o risco de nascimento prematuro e de baixo peso ao nascer, além de poder prejudicar o desenvolvimento cognitivo do recém-nascido. Condições socioeconômicas desfavoráveis, falta de suporte social e problemas conjugais são associados ao problema, segundo os pesquisadores.
 
A proporção de mulheres com depressão pós-parto que já apresentavam sintomas durante a gravidez varia muito entre países onde o tema já foi pesquisado. Na Inglaterra, chega a 56%, enquanto que na Austrália é de 36%, e nos EUA, de 39%.
 
As mulheres que participaram do estudo foram acompanhadas desde o início do pré-natal até um ano e meio após o parto. Três quartos delas viviam com o parceiro. O salário médio das famílias era de US$ 440. Pouco mais da metade era branca e tinha mais de oito anos de educação.
 
Das 219 mulheres com depressão pós-parto, 109 já haviam apresentado sintomas durante a gravidez. De acordo com a análise, quanto maior o nível de educação, de contatos com vizinhos e de planejamento da maternidade, menor o risco de ter os sintomas. Já mulheres na terceira gravidez em diante e que já haviam sofrido abortos se mostraram mais propensas.
 
Embora o estudo tenha apontado uma relação significativa entre as condições socioeconômicas e o transtorno, Faisal acredita que a depressão pós-parto varia conforme o contexto da mulher. "Problemas econômicos e sociais fazem muito sentido para gestantes da rede pública. Na gestante com melhor nível social, os conflitos tem a ver com a questão da maternidade, conflito profissional, imagem corporal, vínculo mãe-filha etc.", comenta.
 
"A depressão pré e pós-natal é altamente prevalente na atenção primária, e profissionais de saúde devem ser treinados para realizar intervenções simples e eficazes o mais precocemente possível", concluem os pesquisadores no trabalho.
Remédios
 
Mas será que ginecologistas e obstetras estão preparados para fazer o diagnóstico de depressão? "Na minha opinião, poucos perguntam sobre o humor na consulta e muitos temem tratar com drogas", comenta Faisal. Segundo ele, estudos americanos mostram que dois terços dos profissionais fazem o diagnóstico com tranquilidade, mas não gostam de tratar o problema.
 
O ginecologista explica que, em casos leves, apenas a terapia pode trazer resultados satisfatórios. Já em casos moderados ou graves, é necessário considerar o uso de antidepressivos. Neste caso, ele explica, é preciso considerar riscos e benefícios. Existe uma chance, ainda que pequena, de o remédio causar alguma malformação no bebê. Porém, não tratar a depressão aumenta o risco de prematuridade e de baixo peso ao nascer, que também são condições de risco para a criança.
 
O importante, segundo o médico, é que as pessoas tenham consciência de que o problema é comum e o assunto deve ser discutido com as pacientes e seus familiares.
 

Estudo diz que Tempo Vendo TV ''Não gera Mau Comportamento em Criança''

 
Passar horas diariamente em frente à TV ou jogando no computador não prejudica o desenvolvimento social da criança, dizem especialistas.
Após um estudo envolvendo mais de 11 mil alunos de escolas primárias britânicas, a equipe do Medical Research Council (MRC, órgão governamental britânico que faz pesquisas na área de saúde) concluiu que não é correto associar o mau comportamento das crianças com o tempo que passam vendo TV ou se divertindo com os jogos.
 
Embora os pesquisadores tenham encontrado uma pequena relação entre ver TV e problemas de conduta, eles dizem que outros fatores, como a educação recebida dos pais, por exemplo, provavelmente explicam esse vínculo.
 
Ainda assim, eles recomendam que os pais "limitem o tempo passado em frente às telas".
O conselho se deve ao fato de que passar muito tempo em frente à TV todos os dias pode reduzir o tempo que a criança passaria fazendo outras coisas importantes, como brincando com amigos e fazendo lição de casa.
 
,p>O estudo, liderado pela especialista Alison Parkes, aparece na publicação científica "Archives of Diseases in Childhood".
 
Outros estudos realizados recentemente encontraram associações entre tempo passado em frente à TV e computador e a obesidade infantil.
 
E pesquisas feitas nos Estados Unidos sugerem que assistir TV no início da infância pode provocar distúrbios de atenção aos sete anos de idade.
 
Pediatras americanos recomendam que crianças assistam menos de duas horas de programas educacionais, não violentos, por dia.
 
Entretenimento
Como parte do estudo britânico, a equipe do MRC pediu a mães de diversas situações socioeconômicas que fornecessem detalhes sobre o comportamento de seus filhos e o presença da TV e de videogames em suas rotinas diárias.
 
Quase dois terços (65%) das 11.014 crianças participantes - todas com cinco anos de idade - assistiam entre uma e três horas de TV por dia, 15% assistiam mais de três horas e menos de 2% não assistiam televisão.
 
Com o passar do tempo, os pesquisadores observaram que crianças que haviam assistido mais de três horas de TV por dia aos cinco anos apresentaram um índice ligeiramente maior de problemas de conduta aos sete anos.
 
Após completar sete anos, esse grupo de meninos e meninas apresentou uma tendência um pouco maior de entrar em brigas, contar mentiras e intimidar os colegas do que as outras crianças - segundo os relatos de suas mães.
 
O tempo passado jogando no computador não pareceu influenciar o comportamento das crianças.
 
A equipe britânica também não encontrou relação entre tempo passado em frente à TV ou outros tipos de telas e outras questões, como hiperatividade ou problemas de interação com amigos.
 
Parkes, chefe da unidade de ciências sociais e de saúde pública do MRC, disse que era errado culpar a TV por problemas sociais das crianças.
 
"Não encontramos efeitos do tempo em frente à TV sobre a maior parte dos problemas sociais e de comportamento que observamos e apenas um efeito pequeno sobre problemas de conduta, como brigas e intimidações."
 
"Nosso trabalho indica que é improvável que limitar a quantidade de tempo que as crianças passam em frente à TV, por si só, melhore o ajustamento psicosocial."
 
A especialista disse que intervenções focadas sobre a dinâmica familiar e a criança têm mais probabilidade de fazer alguma diferença, e que muito pode depender de o que a criança está assistindo e se elas são supervisionadas por adultos enquanto assistem.
 
Debate
Sonia Livingstone, professora de psicologia social da London School of Economics, de Londres, disse que as conclusões do estudo são uma boa oportunidade para que nos perguntemos "por que algumas crianças passam tanto tempo assistindo televisão".
 
Outra especialista, Annette Karmiloff-Smith, do Birkbeck College, sugeriu que em vez de nos atermos aos efeitos adversos da TV e dos videogames, seria melhor investigarmos que impacto positivo eles poderiam ter sobre as crianças.
 
E o professor Hugh Perry, presidente do comitê de neurociências e saúde mental do MRC, disse: "Vivemos em um mundo cada vez mais dominado por entretenimento eletrônico e os pais estão naturalmente preocupados com o impacto que isso pode ter sobre o bem estar e a saúde mental das crianças".
 
"Esse importante estudo sugere que o relacionamento entre TV e videogames e a saúde é complexo e influenciado por muitos outros fatores sociais e ambientais."
 
Fonte: Globo.com

Crianças sabem mentir já aos dois anos

Linda/Shutterstock
 
Logo aos dois anos as crianças já são capazes de mentir, afirma artigo escrito pela psicóloga da Universidade Brock, Angela Evans, em parceria com Kang Lee, pesquisador da Universidade de Toronto, ambas do Canadá.

Publicado na edição de janeiro da Developmental Psychology, o estudo com 41 crianças de dois anos e 24 de três, contrariou hipóteses anteriores de que só entre o terceiro e quarto ano de vida que se começa a mentir.

O experimento colocou os pequenos em uma situação tentadora: primeiro, escutavam os sons de um brinquedo e, sem poder vê-lo, deviam tentar adivinhar qual era. Em seguida, sem revelar de qual se tratava, o pesquisador saía da sala, vigiada por uma câmera oculta, e pedia que, durante sua ausência, a criança não espiasse o brinquedo. Dentre as voluntárias, 80% desobedeceram a ordem e espiaram. Dessas, 25% das mais jovens mentiram durante o teste. Entre as mais velhas, metade não disse a verdade. Apesar disso, destacam os cientistas, as crianças mais jovens não conseguiram manter a mentira ao serem de uma sequência de perguntas sobre o ocorrido.

Para Angela, a mentira das crianças durante a experiência se deu por conta de um arrependimento por terem desobedecido a ordem, não por buscarem iludir os adultos.

O experimento permitiu também que os pesquisadores analisassem a capacidade cognitiva necessária para contar uma mentira, relacionando-a ao desenvolvimento cerebral. Segundo os autores, os resultados indicam que mentirosos precoces têm habilidades avançadas de compreensão e raciocínio, considerando o quão complexo pode ser o ato de reinventar uma situação passada.

Diagnóstico Falho ou Tardio para Autismo é Comum, porque é Fácil confundi-lo com Várias Doenças

 
São Paulo – Uma criança que não se relaciona bem com as outras e que não atende aos chamados dos pais apresenta características semelhantes às do autismo, mas esse isolamento pode significar outros problemas, alerta a psicomotricista Eliana Rodrigues Boralli Mota. Na Associação dos Amigos da Criança Autista (Auma), uma entidade sem fins lucrativos localizada na zona norte da capital paulista, Eliana atendeu, por exemplo, uma criança diagnosticada como autista, mas que sofria, na verdade, de deficiência auditiva.
Desde que fundou a Auma, há 25 anos, Eliana já orientou muitos pais que receberam diagnóstico errado de seus filhos. Um dos alunos atualmente atendido pela associação chegou com diagnóstico de autismo e de surdez e por isso usava um aparelho auditivo. A psicomotricista conta que suspeitou do diagnóstico e descobriu que ele não tinha problema auditivo algum. “O aparelho só sacrificava a vida da criança, tornava o mundo [mais] barulhento, infernal para ele, [já que] usava o aparelho sem necessidade”.
 
A diretora da entidade, Rosy Pomeranclblum, lembra-se de como foi difícil a chegada do garoto à associação. “Ele chegou aqui nervoso, enlouquecido, usando o aparelho auditivo. Imagina ampliar os sons [e sem ser surdo]”. Segundo ela, é muito difícil o diagnóstico de autismo e os próprios psiquiatras têm dificuldade. Além da surdez, explica Eliana, o autismo pode ser confundido com outras síndromes, traumas ou psicoses. Segundo ela, não existe nenhum exame clínico que diagnostique o transtorno de forma segura. “O diagnóstico é baseado na observação comportamental.
 
Há uma relação de características que determinam se a pessoa é ou não portadora de Transtorno Invasivo de Desenvolvimento [TID], em que o autismo está inserido”.
 
Outro problema é a demora em reconhecer o autismo. Carlos Roberto Aragão, supervisor de almoxarifado, tem um filho autista de 10 anos chamado Diego. Ele conta que teve ajuda da associação para chegar ao diagnóstico. “No início, eu percebia que ele era diferente das outras crianças, porque não se enturmava. Ele ficava sempre separado, brincando sozinho”.
 
Para tentar ajudá-lo a interagir com outras crianças, Carlos matriculou o filho em uma escola regular, quando tinha 3 anos de idade. O menino ficou ali por um ano, mas o ensino não surtiu efeito e os professores também não perceberam os sinais de autismo. Com 4 anos, ele foi levado à Auma, onde foi orientado, recebeu o diagnóstico correto e passou a frequentar as aulas.
 
Hoje, Carlos avalia que o desenvolvimento do filho tem avançado, ainda que de forma lenta. “É tudo muito demorado, muito lento. Quando você convive diariamente, se acostuma, é difícil perceber [o desenvolvimento]. Mas tem gente que viu ele há algum tempo, vê agora [e percebe] muita diferença”.
 
A própria Eliana já passou pelo sofrimento de receber o diagnóstico. Ela tem uma filha de 27 anos, a Natália, que é autista. “Nesse dia, eu morri. Morri por um ano. Tive a sensação de que o mundo tinha desabado e eu não conseguia sair de debaixo dos escombros. Chorei muito, fiquei deprimida e só continuo existindo porque o amor que tenho pela minha filha é e sempre será maior do que a dor que sinto”.
 
Ela também precisou enfrentar a dificuldade de obter o diagnóstico correto para Natália. “Naquela época, o diagnóstico ainda era uma coisa assombrosa, difícil de se alcançar”, recorda. Atualmente, o encaminhamento para o diagnóstico pode ser feito por pediatras, neurologistas, psicólogos, fonoaudiólogos e educadores. O laudo de autismo para finalidades jurídicas, porém, pode ser emitido apenas por médico psiquiatra.
 
Fonte: Portal EBC

Cartilha orienta familiares de pacientes com autismo e profissionais de saúde

 
Familiares de pacientes com autismo e profissionais do Sistema Único de Saúde já podem contar com uma cartilha para qualificar o atendimento a essas pessoas. O material foi lançado pelo Ministério da Saúde durante o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, lembrado no último dia dois de abril.
A cartilha mostra uma tabela de indicadores de desenvolvimento infantil, sinais de alerta e cuidados à saúde.
Marina Kupfer, membro do departamento de psicanalise da USP, Universidade de São Paulo, reconhece a importância da cartilha para aprimorar a assistência às pessoas com autismo. "É um documento que realmente estabelece as bases para esse atendimento. E aí com is so, as famílias tem agora um documento. Elas se reconhecem nesse documento. Existe uma linha, existe um lugar no qual a criança ou a pessoa com autismo tem referência que não existia e hoje ela existe".
Diagnosticos precoce
A cartilha para qualificar o atendimento a pessoa com autismo também traz orientações sobre o diagnóstico precoce. De acordo com a coordenadora do movimento do autismo, psicanálise e saúde pública, Claudia Mascarinhos, quanto mais cedo for o diagnóstico, melhor.
"Porque a gente sabe hoje em dia, cientificamente que ao serem detectados sinais de risco de evolução para o autismo, a gente tem muitas vezes como desviar esse caminho.
Algumas das crianças não desenvolvem essa patologia. E outras crianças minimizam os efeitos prejudiciais dessa patologia se a gente detecta precocemente esses sinais de risco e a gente intervém nesse momento".
LOC/REPÓRTER: As cartilhas feitas para facilitar o diagnóstico do autismo em crianças de até três anos serão distribuídas em todo o Sistema Único de Saúde. A iniciativa faz parte do plano Viver Sem Limites do Governo Federal.
Somente no ano passado, foram encaminhados quase 900 milhões de reais para qualificar a assistência à saúde da pessoa com deficiência. (Web Rádio Saúde/Agência Saúde)
Fomte: A Crítica

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Disciplina severa pode ser positiva para a criança, diz estudo

Foto: Getty Images
Ser um pai rigoroso é bom para as crianças, desde que a disciplina seja acompanhada de amor e carinho. Um estudo feito com adolescentes, divulgado pelo jornal Daily Mail, descobriu que os efeitos de uma disciplina severa, como broncas verbais e até palmada, não são negativos quando compensados pela sensação de ser amado. Segundo os pesquisadores, ser punido durante a infância dificilmente leva a um comportamento antissocial, desde que a criança perceba que a bronca é justa.
O uso de disciplina severa em jovens é algo controverso, pois já foi apontado que isso poderia levar a um risco maior de tendências agressivas, delinquência e hiperatividade. No entanto a nova pesquisa publicada no jornal Parenting: Science and Practice sugere que uma bronca ou um tapa podem ser moderados por um sentimento de ser amado por quem exerce a punição.
O estudo foi realizado com um grupo de adolescentes mexicanos-americanos e descobriu que a percepção de calor maternal desencorajava comportamentos antissociais, mesmo quando os pesquisados tinham sido criados sob disciplina rígida. A médica Miguelina German, da Escola de Medicina Albert Einstein, em Nova York, explica que a “teoria do apego” prega que esse sentimento de um pai amoroso e responsável é um fator crítico para gerar felicidade e segurança nas crianças. A ideia de que os pais as amam e protegem protege as crianças contra o sentimento de rejeição, mesmo quando estão sendo disciplinadas duramente.
Segundo a especialista, o uso de disciplina rígida não leva automaticamente a um comportamento antissocial. "A relação entre os dois é condicional e está sujeita a outros fatores. Onde práticas disciplinares severas são uma norma cultural, há sempre outras influências em jogo, que pode diminuir seus danos potenciais sobre a criança", defende.
Pesquisas anteriores já haviam sugerido que crianças criadas sob uma disciplina severa têm mais chances de se tornarem adultos ajustados. Segundo os estudos, pais que mantém um comportamento “autoritário”, mas ao mesmo tempo carinhoso, costumam criar adultos mais competentes.
 
Fonte: Terra

Diferenças comportamentais entre meninos e meninas


Desde a infância é fácil perceber as diferenças entre o comportamento de meninos e meninas. Os meninos geralmente estão correndo, competindo, lutando e fingindo que matam. As meninas costumam ficar reunidas sentadinhas, dividindo seus brinquedos e conversando. Mais de uma década se passa e a cena não muda muito. Os homens continuam competindo (no baralho, no video-game) e correndo (geralmente atrás de uma bola). Já as mulheres ficam reunidas, falando sem parar (e todas ao mesmo tempo).

A ciência explica essas diferenças de forma muito interessante. Além da influência ambiental e cultural (em que meninos são estimulados a determinados comportamentos e meninas a outros), existe a herança biológica que acompanha a evolução da nossa espécie. Esse fator explica muitas das diferenças no funcionamento cerebral de homens e mulheres, constatadas através de equipamentos de mapeamento computadorizado.

Resgatando nossa história, observamos papéis totalmente diferentes entre os homens e as mulheres. Eles cuidavam do sustento da família, caçando e enfrentando os perigos da selva. Elas cuidavam da proteção das crias, garantindo a perpetuação da espécie. Hoje, milhões de anos já se passaram e sabemos que os papéis dentro da família mudaram muito. Mas nosso cérebro ainda apresenta alterações que foram desenvolvidas aolongo desses milhões de anos. Veja alguns exemplos: o homem tem um ótimo senso de direção, além de uma visão excelente a longa distância (ambos necessários para a caça). A mulher parece ter um radar que detecta qualquer alteração de humor, além de ter uma visão periférica muito mais aguçada que a do homem (características necessárias para o cuidado dos filhos). Isso ajuda a entender porque seus filhos homens não encontram absolutamente nada na geladeira,na gaveta ou em cima da mesa. Além disso, durante a caça, os homens passavam horas seguidas em silêncio, à espera da presa. Enquanto isso, as mulheres se reuniam em grupos com outras mulheres e crianças. Isso alterou significativamente o funcionamento cerebral em relação à comunicação. As meninas levam mais de dez minutos para contar como foi a festa de ontem, enquanto os meninos utilizam uma única palavra ("bom").A mulher gasta, me média, de 6.000a 8.000palavras por dia, enquanto o homem gasta apenas de 2.000a 4.000!

Expressar emoções é outro ponto bastante divergente entre meninos e meninas. Elas têm muito mais facilidade para isso. O homem carrega como herança genética a necessidade de ser valente e esconder fraqueza. Isso dificulta bastante dizer "te amo" ou "estou magoado com você".

Portanto pais, se vocês costumam se desgastar com preocupações sobre o fato de que seu filho mal fala com você ou não demonstra sentimentos, saiba que ele não é o único! Se sua filha gasta horas no telefone e não cansa de falar, ela simplesmente está agindo como a maioria das meninas! Entender essas diferenças nos ajuda a aceitar conviver com elas!
Por Carina Paula Costelini
Fonte:
Instituto Innove