Pesquisa apontou que o distúrbio afeta também comportamento e memória dos jovens, mesmo se eles dormem o suficiente durante a noite
Prejuízo no aprendizado: excesso de sono durante o dia afeta cognição, comportamento e memória de crianças (Polka Dot/Thinkstock) |
De acordo com os pesquisadores, a sonolência diurna excessiva atinge aproximadamente 15% da população, e pode ser desencadeada por privação do sono, apneia do sono e uso de certos medicamentos, por exemplo. Pessoas que têm esse problema correm maiores riscos de acidentes de trânsito ou de trabalho, e estudos anteriores sugeriram que elas também têm uma saúde geral mais fraca. Poucas pesquisas, porém, foram feitas para entender de que maneira a sonolência excessiva afeta as crianças.
A pesquisa — Esse estudo analisou 508 crianças em idade escolar, que foram dividias em dois grupos: as que tinham sonolência diurna excessiva e as que não sofriam do problema. Todas foram induzidas a dormirem por nove horas durante a noite e, depois, realizaram testes neurocognitivos. Os pais dos jovens também foram entrevistados.
Os pesquisadores observaram que as crianças que tinham sonolência diurna excessiva, mesmo aquelas que dormiam o suficiente durante a noite, eram mais propensas a apresentarem hiperatividade e problemas de atenção, aprendizagem, memória e de comportamento do que as outras que não sofriam do distúrbio. Segundo os autores do estudo, alguns fatores, como obesidade infantil, depressão, ansiedade, asma e dificuldade para dormir, contribuíram para o aumento da incidência desses problemas.
“Os prejuízos causados pela sonolência diurna excessiva na função cognitiva e comportamental da criança podem ter sérios impactos no desenvolvimento infantil”, diz a coordenadora do estudo, Susan Calhoun. Para a autora, é fundamental que crianças sofrem de problemas neurocomportamentais também sejam avaliadas quanto ao risco de terem problemas de sono. Além disso, pais e professores são essenciais para que o problema seja identificado na criança. “Reconhecer e tratar a sonolência excessiva é fundamental para oferecer novas estratégias que ajudem jovens com problemas de comportamento na idade escolar”, afirma.
Fonte: Veja
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