Falta de oxigenação cerebral em fetos aumenta o risco de TDAH

O problema eleva essa chance, em média, em 16%, mas a probabilidade pode ser maior dependendo do fator que desencadeia a privação de oxigênio
 
Feto: Problema de falta de oxigenação no cérebro pode aumentar o risco de déficit de atenção
 
A falta de oxigenação no cérebro de um bebê que está no útero materno pode aumentar o risco de essa criança desenvolver transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) ao longo da infância. O estudo, realizado pelo Departamento de Pesquisa e Avaliação da Kaiser Permanente, uma organização sem fins lucrativos, contribui com outras evidências de que os fatores que levam à desordem vão além dos genéticos, que são os mais conhecidos. Os resultados foram publicados nesta segunda-feira na revista Pediatrics.
 
A pesquisa analisou os dados de 82.000 crianças de cinco anos da idade. Os resultados revelaram que a privação de oxigênio no cérebro de um feto aumenta, em média, em 16% o risco de TDAH na infância. Se a falta de oxigênio ocorre em decorrência de uma síndrome da angústia respiratória (lesão pulmonar em que os alvéolos dos pulmões do bebê não permanecem abertos), essa chance pode ser 47% maior; e, se o problema ocorre devido a um quadro de pré-eclâmpsia (quando há um aumento da pressão arterial e edemas na grávida), 34% maior.
 
O estudo também mostrou que a associação entre hipóxia cerebral e TDAH foi mais forte em partos prematuros. "Nossas descobertas podem ter implicações clínicas importantes. Elas podem, por exemplo, ajudar os médicos a identificar recém-nascidos com maior risco de apresentar TDAH e beneficiá-los com diagnóstico precoce e acompanhamento adequado", diz Darios Getahun, coordenador do estudo.
 
Fonte: Veja

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