Pelo menos 912 mil crianças brasileiras de 5 a 12
anos - o equivalente a 3,3% da população infantil, segundo o IBGE - possuem
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), mas nunca trataram.
Outros 625 mil menores, 2,3% do total, nem sabem que têm a doença.
Esse é o resultado de um estudo realizado por psiquiatras e neurologistas
da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp), do Albert Einstein College of Medicine, nos Estados Unidos, e do
Instituto Glia em Neurociência de Ribeirão Preto (SP).
O neurologista Marco Antônio Arruda explica que os
índices preocupam os especialistas na medida em que o distúrbio pode prejudicar
as relações sociais e a realização de atividades consideradas simples, porque
os pacientes têm muita energia, não conseguem ficar parados ou tomar decisões
importantes.
“Quando chegam à Universidade, eles menos
frequentemente terminam o curso. Na vida adulta, [essas pessoas] têm menor
chance de emprego em tempo integral, maior risco de divórcio e suicídio”,
disse.
Sintomas
O TDAH é caracterizado por uma disfunção no córtex pré-frontal, parte do cérebro responsável pela tomada de decisão, planejamento de ações e controle das emoções. Os sintomas do distúrbio são desatenção, dificuldade de planejar, montar estratégias e controlar as emoções, falta de organização, hiperatividade e impulsividade.
O TDAH é caracterizado por uma disfunção no córtex pré-frontal, parte do cérebro responsável pela tomada de decisão, planejamento de ações e controle das emoções. Os sintomas do distúrbio são desatenção, dificuldade de planejar, montar estratégias e controlar as emoções, falta de organização, hiperatividade e impulsividade.
Além disso, Arruda alerta que os sintomas devem
aparecer em todas as situações da vida da criança e não apenas em um único
contexto. “A confusão está justamente no diagnóstico, porque ele deve ser feito
através de diversos critérios clínicos. O TDAH não é um problema apenas de sala
de aula. Nem toda criança que não para quieta tem TDAH”, disse.
Tratamento
Ao contrário do que se imagina, o tratamento para TDAH deve ser feito com uso de anfetaminas e estimulantes. O neurologista explica que a ministração de calmantes causa o efeito contrário, ou seja, a criança se torna ainda mais hiperativa. "Muitos pais dizem: 'Por isso que em dei antialérgico e ele ficou sem dormir a noite inteira.' Dando estimulante, você faz o 'breque' que existe no cérebro voltar funcionar corretamente", ilustra Arruda.
Ao contrário do que se imagina, o tratamento para TDAH deve ser feito com uso de anfetaminas e estimulantes. O neurologista explica que a ministração de calmantes causa o efeito contrário, ou seja, a criança se torna ainda mais hiperativa. "Muitos pais dizem: 'Por isso que em dei antialérgico e ele ficou sem dormir a noite inteira.' Dando estimulante, você faz o 'breque' que existe no cérebro voltar funcionar corretamente", ilustra Arruda.
Apesar de o distúrbio ser herdado geneticamente,
Arruda diz que o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura. "Existe
forma dos pais serem orientados para ajudar essas crianças a organizarem melhor
suas vidas em casa, na escola, no dia a dia."
2 comentários:
Tenho sofrido constrantemente esse problema com minha filha de 6 anos, desde o jardim de infância, venho incentivando, ensinando valores, organização e muita conduta.
Porém, ela teve uma alfabetização muito fraca, e hoje isso está sendo muito ruim no segundo ano dela (antiga primeira série)eu já estou tão cansada dessa luta de quase 2 anos para estimular o interesse pela leitura e escrita que já não aguento mais, e me sinto uma culpada por tudo isso, hoje em dia só consigo gritar, e me desesperar, meu coração está muito angustiado, pq nada disso que tentei deu resultado, pelo amor de Deus, peço socorro, ajuda!!
Olá Michelle,
Fique tranquila! Nós pais nos cobramos muito e diversas vezes cometemos erros ou achamos que cometemos. Sua filha está iniciando a alfabetização (momento em que muitos pais se preocupam)e talvez ela esteja com dificldades somente agora, no início mas conseguirá enfrentar. Caso tenha interesse, procure uma psicopedagoga para auxiliá-la neste momento.
;)
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