País ficou em 39.º lugar entre 40 países analisados; índice cruza dados de
habilidades cognitivas e de desempenho escolar
O Brasil ficou na penúltima posição em um índice comparativo de desempenho
educacional feito com dados de 40 países. O ranking, divulgado nesta
terça-feira, 27, pela Pearson Internacional, faz parte do projeto The Learning
Curve (Curva do Aprendizado, em inglês), realizado pela Economist Intelligence
Unit (EIU). O estudo mede os resultados de três testes internacionais aplicados
a alunos do 5.º e do 9.º ano do ensino fundamental. A Finlândia e a Coreia do
Sul foram os países mais bem colocados. O Brasil ficou à frente apenas da
Indonésa, e atrás de países como Bulgária (30.º), Romênia (32.º) e Colômbia
(36.º).
O índice global de habilidades cognitivas e de desempenho escolar foi criado
a partir do cruzamento de indicadores internacionais da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE): Programa Internacional de
Avaliação dos Alunos (Pisa), Tendências Internacionais nos Estudos de Matemática
e Ciência (Timms) e avaliações do Progresso no Estudo Internacional de
Alfabetização e Leitura (Pirls), assim como dados educacionais de cada país
sobre alfabetização e as taxas de conclusão de escolas e universidades.
O desempenho de cada país mostra se ele está acima ou abaixo da média global
calculada a partir dos dados de todos os participantes. Segundo os dados
divulgados nesta terça, 27 dos 40 países ficaram acima da média, enquanto 13
estão abaixo do valor mediano. Os países ainda foram divididos em cinco grupos,
de acordo com a sua distância da média. O Brasil, que teve pontuação de -1.65,
foi incluído no grupo 5, onde estão as sete nações com a maior variação negativa
em relação à média global.
Confira abaixo o ranking completo:
De acordo com Mekler Nunes, diretor superintendente de Educação Básica da
Pearson no País, o 39.º lugar não é de todo ruim. Isso porque os 40 países que
compõem o ranking são os únicos entre as 193 nações existentes a ter dados
históricos e estatísticos comparáveis sobre a qualidade da educação. "Estar
nessa relação de países já é, por si só, um destaque", afirma. "É sinal de que
já fizemos o de dever de casa mais básico."
Fonte: Estadão
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