Um teste com 24 perguntas, que pode ser respondido
em cinco minutos, identifica os primeiros sinais de autismo em crianças de um
ano.
Autismo engloba variedade de transtornos sociais
É o que propõe um estudo financiado pelos National
Institutes of Health dos EUA, publicado hoje no "Journal of
Pediatrics".
A pesquisa, feita por neurocientistas da
Universidade da Califórnia, recrutou 137 pediatras para aplicar o teste em 10
mil crianças na consulta dos 12 meses de idade.
Os pais responderam ao questionário, com perguntas
sobre gestos, compreensão e comunicação, e os pediatras avaliavam as respostas.
Ao todo, 184 das crianças que pontuaram abaixo da
média foram acompanhadas nos meses seguintes.
Delas, 32 receberam o diagnóstico precoce de
autismo.
Segundo a pesquisa, isso corresponde a 75% de
acerto no diagnóstico, levando em conta outros distúrbios, como atraso no
desenvolvimento e na linguagem, também detectados pelo teste.
DIAGNÓSTICO
O autismo afeta o desenvolvimento da criança e
compromete áreas como a sociabilidade. Quanto mais tardio o diagnóstico, piores
as perspectivas de melhora.
Na média, os casos demoram a ser detectados, segundo o psiquiatra Marcos Mercadante, da Unifesp. "No Brasil, o diagnóstico geralmente é dado quando a criança já tem cinco anos e perdeu muita oportunidade de ter uma melhora", diz.
Se o problema for apontado cedo, tratamentos como terapia comportamental, para estimular áreas do cérebro afetadas, são mais eficazes.
Para o psiquiatra Estevão Vadasz, coordenador do ambulatório de autismo do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, a ferramenta pode ser útil principalmente na rede pública.
"Um pediatra de posto de saúde atende centenas de crianças. Não há tempo para fazer uma triagem adequada e encaminhar ao psiquiatra."
Para ele, é importante que o pediatra assuma essa tarefa. "É ele quem tem o primeiro contato com a criança." Mas Vadasz ressalva que alguns sintomas só aparecem após os 18 meses. "O ideal seria repetir o teste depois."
Na média, os casos demoram a ser detectados, segundo o psiquiatra Marcos Mercadante, da Unifesp. "No Brasil, o diagnóstico geralmente é dado quando a criança já tem cinco anos e perdeu muita oportunidade de ter uma melhora", diz.
Se o problema for apontado cedo, tratamentos como terapia comportamental, para estimular áreas do cérebro afetadas, são mais eficazes.
Para o psiquiatra Estevão Vadasz, coordenador do ambulatório de autismo do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, a ferramenta pode ser útil principalmente na rede pública.
"Um pediatra de posto de saúde atende centenas de crianças. Não há tempo para fazer uma triagem adequada e encaminhar ao psiquiatra."
Para ele, é importante que o pediatra assuma essa tarefa. "É ele quem tem o primeiro contato com a criança." Mas Vadasz ressalva que alguns sintomas só aparecem após os 18 meses. "O ideal seria repetir o teste depois."
Fonte: Folha
de São Paulo
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